A Era de Ouro dos Defensive Tackles (DTs) na NFL: Valorização e Projeção
- Roger Tameirão
- 8 de jun.
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A valorização dos defensive tackles na NFL nunca foi tão alta como agora. Se no passado eles eram vistos, muitas vezes, como jogadores de suporte, focados basicamente em ocupar gaps e parar o jogo terrestre, hoje eles se tornaram peças fundamentais e extremamente valorizadas dentro de qualquer defesa. A evolução do jogo, com ataques cada vez mais rápidos, dinâmicos e baseados em RPO, play-actions e quarterbacks móveis, fez com que gerar pressão pelo interior da linha defensiva se tornasse uma das armas mais eficientes no futebol americano moderno. Pressionar pelo meio, diferente dos edge rushers, é absolutamente destruidor para qualquer ataque. Isso quebra o timing dos quarterbacks, limita movimentações no pocket e desmonta jogadas antes mesmo que elas se desenvolvam. Por isso, os DTs modernos não são apenas gigantes fortes contra o jogo terrestre — eles precisam ser explosivos, ágeis e inteligentes.

Jogadores como Aaron Donald revolucionaram completamente essa posição, elevando o padrão físico, técnico e mental exigido. E a nova geração seguiu esse caminho, com nomes como Chris Jones, Dexter Lawrence, Quinnen Williams, Jeffery Simmons, Christian Wilkins e Jalen Carter se consolidando como verdadeiras superestrelas defensivas. Esses atletas não só dominam bloqueios duplos e destroem o jogo corrido, mas também somam números de sacks e pressões comparáveis aos melhores edge rushers da NFL.
O mercado reflete essa mudança. Atualmente, defensive tackles recebem contratos que rivalizam com os de wide receivers e pass rushers de elite, algo impensável há uma década. Além disso, o próprio draft mostra essa valorização: prospectos como Mason Graham, Jalen Carter e Byron Murphy II foram escolhas altíssimas exatamente porque as franquias entenderam que, se você não domina o interior das trincheiras, você não para os grandes ataques da liga.
O perfil do DT moderno é claro: precisa ser explosivo, rápido, forte e versátil. Não basta mais ser só um "big guy" parado no meio da linha; ele precisa ser capaz de alinhar em diferentes técnicas, gerar pressão, colapsar o pocket e ainda ser dominante contra a corrida. A tendência é que isso só aumente. Cada vez mais, as defesas da NFL estão sendo construídas de dentro para fora, começando pelo controle do meio da linha defensiva. E se no passado os grandes astros defensivos eram os edge rushers e cornerbacks, hoje os DTs ocupam esse mesmo patamar de protagonismo.