Nos últimos anos, a National Football League (NFL) tem experimentado um aumento significativo na audiência, não apenas devido ao jogo em si, mas também pela crescente presença de celebridades que conectam seus fãs com e ampliam o alcance do esporte. Esse fenômeno está ocorrendo em especial por conta da colaboração entre grandes ícones culturais e o mundo do futebol americano, atraindo um público mais jovem e diverso.
O show do rapper Kendrick Lamar no Super Bowl LVI é um grande exemplo, que marcou uma virada no tipo de entretenimento oferecido durante o evento. Lamar atraiu um público que, de outra forma, talvez não estivesse tão interessado no futebol. O mesmo intervalo já contou com grandes nomes da indústria musical, como: Michael Jackson, Britney Spears, Beyoncé e The Weeknd.
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O público havia dado uma queda antes do ano de 2019 após shows de Maroon 5 e Justin Timberlake. Houve também o boicote de artistas, devido à atitude da NFL com o racismo sofrido por jogadores.
Outro grande nome presente nessa interseção de estrelas da música e a NFL é a presença de Taylor Swift nas transmissões de jogos dos Kansas City Chiefs. A cantora norte americana, que já tinha contato com a NFL através de sua torcida aos Eagles, recentemente começou a frequentar jogos em que seu atual namorado, Travis Kelce, é um dos principais jogadores. Isso fez com que sua fan base, composta principalmente por mulheres, se interessassem mais pelo esporte.
Segundo um levantamento do Apex Marketing Group para o site Front Office Sports, Taylor gerou o equivalente a 331,5 milhões de dólares (1,6 bilhão de reais) em valor de marca para o Kansas City Chiefs e a NFL. O valor que inclui a visibilidade arrebanhada pela cantora para a liga e para o time em mídia impressa, digital, rádio, TV e, principalmente, redes sociais.
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Com milhões de fãs espalhados pelo mundo, um patrimônio estimado em US$ 1,3 bilhão (R$ 6,8 bilhões), e uma tour com quebra de recorde de bilheteria, a cantora norte americana, vem atraindo sua base de fãs para o futebol americano. A NFL registrou a maior audiência feminina em uma temporada regular desde que começou o monitoramento, em 2000, e teve a maior audiência entre jovens de 18 a 34 anos desde 2019. Esse é o chamado: “efeito Swift”.
A primeira vez que Taylor esteve em um jogo dos Chiefs foi em setembro, na vitória da equipe de Travis Kelce sobre o Chicago Bears, por 41 a 10. O site TickPick registrou um aumento de 40% no preço das entradas para o jogo seguinte dos Chiefs, após os rumores de que Taylor Swift compareceria. Os valores subiram de US$ 83 (R$ 414,69 na cotação atual) para US$ 119 (R$ 594,56). A página teve o maior número de ingressos vendidos para um jogo do Chiefs em um único dia.
Um efeito que não só alavancou o mercado da NFL, mas uniu multidões, uniu pessoas. Desde que a cantora passou a se envolver com os Chiefs, começaram a surgir diversos relatos de pais que se conectaram com filhas por causa da mistura dos interesses. Além do alcance global, Taylor traz junto com ela uma audiência que, majoritariamente, não se interessaria pelo esporte de primeira.
Esse fenômeno não mostra sinais de desaceleração, com outros artistas já sendo cogitados para futuras edições do Super Bowl, e outros jogadores se tornando verdadeiros ícones da cultura pop. As celebridades ao se aproximarem da NFL, não só elevam a audiência, mas ajudam a criar um novo capítulo para o esporte, onde a celebração da cultura jovem é tão importante quantos os pontos no placar.