O maior campeão da história do Super Bowl, ao lado do Pittsburgh Steelers, vem de uma temporada negativa, com um recorde de 4-13. Entretanto, com a maior folha salarial da NFL, os Patriots apostam de forma agressiva na Free Agency para incrementar o elenco, foi a franquia mais gastou nesta Free Agency e ainda é a com maior cap disponível
A equipe de New England gastou 284 milhões de dólares somente no primeiro dia de Free Agency, recorde histórico da NFL e 132 milhões a mais do que qualquer outro time. No total– até o momento– foram quase 300 milhões de dólares gastos. Com um elenco abaixo da média e um técnico estreante e jovem, as expectativas para a temporada não eram as melhores. Um dos poucos pontos positivos da equipe foi o QB novato Drake Maye que– após assumir a titularidade na semana 6– mostrou flashes importantes.
Os Patriots precisavam de renovação em quase todas as partes do jogo, mas o alto valor de cap disponível e um QB em contrato de calouro permitiram à equipe fazer diversas movimentações na Free Agency. De acordo com a Pro Football Focus (PFF), os patriotas tiveram a pior linha ofensiva da NFL na temporada 24/25. Para corrigir essa problemática, o time trouxe o center Garrett Bradbury e o right tackle Morgan Moses. Vale ressaltar que, mesmo sendo um bom nome em sua posição, Bradbury vem do pior ano de sua carreira. As adições estão longe de serem suficientes, porém é uma melhora para uma unidade limitada.
A maior parte das contratações, entretanto, vieram na parte defensiva. A principal aquisição foi o defensive tackle Milton Williams, do Philadelphia Eagles, por 4 anos no valor de 104 milhões de dólares. Para jogar juntamente com Williams, os Patriots trouxeram uma dupla da AFC Sul: o edge Harold Landry III , de Tennessee, e K'Lavon Chaisson, de Jacksonville. Na secundária, os nomes foram o cornerback Carlton Davis, dos Buccaneers, o linebacker Robert Spillane– dos Raiders– e o safety Marcus Epps, também de Philadelphia. Os novos jogadores devem auxiliar a montar uma unidade acima da média ao se unirem com atletas como Christian Gonzalez e Jabril Peppers.
Mesmo com a campanha de contratação em massa, ainda há lacunas que necessitam ser preenchidas pela equipe, principalmente, no ataque. Os Patriots precisam de mais ajuda na linha ofensiva para além de Bradbury e Moses. Além disso, o seu corpo de wide receivers foi o pior da liga em 2024 e o jogo terrestre também foi abaixo da média. O time de New England falhou nas negociações com Chris Godwin– dos Buccaneers– que optou renovar com Tampa Bay e não foi capaz de trazer um nome de peso como DK Metcalf, Cooper Kupp ou Davante Adams.
Os Patriots contrataram o wide receiver de Buffalo Mack Hollins, porém ele somente não basta. Com a quarta escolha no draft de 2025 e sem a necessidade de um QB, podem ir atrás do prospecto duplo Travis Hunter, que chegaria com status de WR1. A equipe pode trazer veteranos disponíveis no mercado para aliar com o novato como Stefon Diggs ou Keenan Allen.
Uma crítica comum a essa janela dos Patriots é o “overpaid”, que significa pagar a um jogador mais do que ele vale. Todavia, deve-se lembrar que essa foi uma equipe que venceu somente 4 jogos na temporada passada, apesar da promessa de um futuro próspero, é necessário alguma vantagem nas negociações com as novas contratações e um contrato frutífero pode ser essa moeda de troca. Ademais, os Patriots ainda tem o maior cap space da NFL– por volta de 81,5 milhões de dólares– dinheiro suficiente para mais aquisições.
Não obstante de todas as contratações, os Patriots são um time que precisa de profundidade de elenco e nomes de peso em algumas posições chave. Eles provavelmente não vão virar candidatos ao Super Bowl do dia para a noite, mas devem ter uma temporada melhor do que em 2024.
