Na última quinta-feira (13), o New England Patriots cortou o center David Andrews. O jogador estava na franquia desde 2015 e foi bi campeão do Super Bowl com o time, nas temporadas de 2016 e de 2018. O corte libera US$2.66 milhões e deixa US$4 milhões presos na folha. Na temporada passada, Andrews teve uma lesão no ombro que o tirou de campo ainda na semana 5. O jogador ainda não sabe se vai jogar na próxima temporada.
Mas, para além dos números, o que podemos pensar sobre a passagem do antigo camisa 60 pela Nova Inglaterra? Andrews entrou na NFL como calouro não draftado, vindo da Universidade da Geórgia, e, logo que chegou ao time, assumiu o posto de titular e não saiu mais, foram apenas 3 jogos como reserva em toda sua carreira, todos na sua temporada de calouro.
No decorrer do século XXI, o New England Patriots se consolidou como uma das maiores franquias da NFL, vencendo 6 títulos entre 2001 e 2018, muitos jogadores marcaram história pelo time, e Andrews, por vezes esquecido em meio a tantos talentos mais “charmosos”, certamente é um deles. A forma como ele incorporou o patriot way e o do your job, lemas da franquia, faz com que ele seja lembrado como um verdadeiro patriot.
Além do excelente trabalho em campo, Andrews exerceu um papel de liderança, por vezes silenciosa, como poucos. Sendo o último capitão remanescente do time que venceu o Rams no Super Bowl LIII, coube a ele ser um dos modelos dentro do time no pós Brady. E assim o fez, muito bem diga-se, mesmo lesionado esteve presente na sideline em todos os jogos e serviu como mentor dos jogadores jovens da linha ofensiva do time. Sempre muito envolvido com a comunidade, era figura marcante nos eventos da franquia com os torcedores.
Uma coisa é certa, o corte de Andrews deixará uma lacuna que somente a saída de um nome histórico pode deixar. Foram 10 anos de serviços prestados e agora, de fato, aquela foto do Christian Petersen, no AT&T Stadium, estará apenas na memória do torcedor do Patriots, e não mais representada em campo pelo seu último paladino.