A euforia durou pouco no Paycor Stadium. O Cincinnati Bengals conquistou uma suada vitória por 31 a 27 sobre o Jacksonville Jaguars no último domingo, 14, garantindo um início de temporada 2-0 pela primeira vez em sete anos. No entanto, o triunfo foi ofuscado por uma cena que se tornou dolorosamente familiar para a torcida: o quarterback bonitão e estrela da franquia, Joe Burrow, saindo de campo com uma grave lesão.
Reprodução/Cincinnati Bengals
O diagnóstico preliminar acendeu o alerta máximo na organização. De acordo com os principais insiders da NFL, Ian Rapoport e Tom Pelissero, Burrow sofreu uma ruptura dos ligamentos do dedo do pé, uma lesão conhecida como "Turf Toe" de grau 3. A previsão é que o jogador de 28 anos fique afastado dos gramados por pelo menos três meses, com a possibilidade de uma cirurgia não sendo descartada, segundo Adam Schefter, da ESPN.
A lesão ocorreu no segundo quarto da partida. Faltando pouco mais de oito minutos para o intervalo, o defensive end dos Jaguars, Arik Armstead, conseguiu o sack sobre Burrow, que ficou preso sob o peso de outros jogadores na queda. O quarterback até tentou se levantar e sair de campo por conta própria, mas desabou na grama, evidenciando a gravidade do problema. Após uma breve avaliação na tenda médica, ele precisou de ajuda para chegar ao vestiário e, ao final do jogo, foi visto usando uma bota ortopédica.
Um histórico preocupante e um problema crônico
Para Joe Burrow, o departamento médico tem sido um destino recorrente desde sua chegada à liga como a primeira escolha do Draft de 2020. A nova lesão se junta a uma lista alarmante que inclui:
2020: Ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA), ligamento colateral medial (LCM) e menisco, que encerrou sua temporada de calouro;
2022: Estiramento do LCA;
2023: Ruptura do ligamento do punho, que o tirou de 13 partidas;
Este padrão de lesões graves levanta um questionamento inevitável e crítico sobre a proteção oferecida ao jogador mais valioso da franquia. Uma análise do ranking da linha ofensiva dos Bengals em proteção de passe ao longo dos anos revela um problema crônico e profundo.
2020 - 29º
2021 - 30º
2022 - 30º
2023 - 27º
2024 - 32º (último da liga)
2025 - 28º
Os dados são claros: durante toda a sua carreira, Joe Burrow jogou atrás de uma das piores linhas ofensivas da NFL. A incapacidade contínua da equipe em construir uma "muralha" sólida para proteger seu quarterback tem exposto Burrow a pancadas e pressões constantes, resultando em contusões que comprometem temporadas inteiras.
O futuro imediato
Sem seu comandante, os Bengals conseguiram a virada e a vitória sob a liderança do quarterback reserva, Jake Browning. Ele teve uma atuação de altos e baixos, completando 21 de 32 passes para 241 jardas, com 2 touchdowns e 3 interceptações.
Reprodução/Cincinnati Bengals
Apesar do início promissor com duas vitórias, o futuro da temporada 2025/26 dos Bengals agora é uma grande incógnita. A equipe terá que navegar a parte mais difícil de seu calendário sem o jogador que a levou a um Super Bowl. Mais uma vez, a lesão de Joe Burrow não é apenas um golpe do acaso, mas também o sintoma de um problema estrutural que a franquia de Cincinnati ainda não conseguiu resolver.