Antes de liderarem ataques milionários e disputarem o Super Bowl, os principais quarterbacks da NFL passaram por caminhos distintos no College Football. Alguns surgiram como fenômenos desde cedo, enquanto outros precisaram superar dúvidas e obstáculos até se firmarem como nomes de elite. Confira como foi a trajetória universitária de Patrick Mahomes, Josh Allen, Joe Burrow, Lamar Jackson, Dak Prescott e Jalen Hurts antes de brilharem nos campos profissionais.
Foto: Reprodução/ X The Philly Sports
Patrick Mahomes – Texas Tech
Hoje um dos rostos da NFL, Patrick Mahomes foi subestimado durante o processo de recrutamento. Em Texas Tech, brilhou com números impressionantes, mas longe dos holofotes das grandes universidades. No sistema “Air Raid” de Kliff Kingsbury, Mahomes lançou para 11.252 jardas e 93 touchdowns em três temporadas, mas o fraco desempenho defensivo do time comprometeu suas chances de playoffs. Seu talento inegável chamou atenção nos scouts, e o Kansas City Chiefs apostou alto ao subir no draft de 2017 para selecioná-lo na 10ª escolha geral.
Josh Allen – Wyoming
A jornada de Josh Allen é uma das mais improváveis entre os grandes QBs da NFL. Sem receber ofertas das principais universidades, Allen jogou em um Community College antes de conseguir uma vaga em Wyoming. Lá, mostrou um braço forte e mobilidade, mas também sofreu críticas pela precisão. Ainda assim, os flashes de potencial foram suficientes para que o Buffalo Bills apostasse nele como a 7ª escolha geral em 2018. O resto é a história em construção.
Joe Burrow – Ohio State e LSU
Burrow começou sua carreira em Ohio State, mas encontrou pouco espaço devido à forte concorrência. Em 2018, transferiu-se para LSU, onde sua vida mudou. Após uma primeira temporada de adaptação, Burrow explodiu em 2019 com uma das campanhas mais dominantes da história do College Football: 5.671 jardas, 60 touchdowns e o título nacional. Ganhador do Heisman Trophy, ele se tornou a escolha nº 1 do draft de 2020, selecionado pelo Cincinnati Bengals.
Lamar Jackson – Louisville
Campeão do Heisman Trophy em 2016, Lamar Jackson foi um verdadeiro fenômeno atlético em Louisville. Em três temporadas, somou mais de 9 mil jardas aéreas e 4 mil jardas terrestres, redefinindo o que se esperava de um quarterback dual-threat. Apesar das dúvidas sobre sua adaptação ao estilo da NFL, os Ravens o escolheram com a última pick da 1ª rodada em 2018. O tempo provou que Baltimore fez um grande acerto.
Dak Prescott – Mississippi State
Sem o mesmo brilho midiático de outros nomes da lista, Dak foi um verdadeiro líder em Mississippi State. Em 2014, colocou os Bulldogs no topo do ranking nacional pela primeira vez na história da universidade. Sua combinação de força física, inteligência e liderança o transformou em um dos melhores QBs da SEC, mesmo não sendo considerado uma escolha de primeira rodada. Selecionado na 4ª rodada do draft de 2016 pelo Dallas Cowboys, Dak aproveitou uma lesão de Tony Romo para assumir a titularidade e nunca mais sair.
Jalen Hurts – Alabama e Oklahoma
A trajetória de Jalen Hurts no College é marcada por superação. Começou como titular em Alabama, levando os Crimson Tide a duas finais nacionais, mas perdeu o posto para Tua Tagovailoa. Em vez de se abater, transferiu-se para Oklahoma e brilhou sob comando de Lincoln Riley em 2019, lançando para 3.851 jardas e correndo para outras 1.298. Finalista do Heisman, Hurts mostrou resiliência e versatilidade. Foi escolhido pelo Philadelphia Eagles na 2ª rodada de 2020 e, hoje, é peça-chave em um dos elencos mais fortes da NFL.
Diferentes caminhos, um mesmo destino
Foto: Reprodução - X / Texas Tech Football
O caminho até a NFL é repleto de incertezas, e a trajetória universitária dos quarterbacks de elite mostra que não existe fórmula exata para o sucesso. Seja vindo de uma potência como Alabama ou de programas menos tradicionais como Wyoming e Texas Tech, o que une Mahomes, Allen, Burrow, Lamar, Dak e Hurts é a capacidade de evoluir, se adaptar e superar dúvidas. Muitos deles não eram considerados apostas seguras no college, mas provaram que talento, trabalho duro e mentalidade vencedora podem quebrar qualquer previsão. Hoje, são rostos da liga e inspirações para a próxima geração de quarterbacks, que observam atentamente o que fizeram para chegar ao topo.
