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Conheça os Programas: Maryland Terrapins, tartarugas e a força do DMV


"Conheça os Programas" vai ser um projeto para mergulhar na história, cultura e identidade de alguns dos principais times do college football. E para começar, vamos até College Park para falar de um programa que mistura passado glorioso, mudanças marcantes e um presente em reconstrução: os Maryland Terrapins.


Fonte: Reprodução NCAA Football Wiki
Fonte: Reprodução NCAA Football Wiki
Raízes profundas e mudanças radicais

Fundado em 1892, o programa de futebol americano da Universidade de Maryland construiu sua reputação ao longo do século XX como um dos pilares da antiga ACC (Atlantic Coast Conference).


Foram décadas de rivalidades intensas e temporadas memoráveis mas, tudo mudou em 2014, quando os Terps se tornaram membros da poderosa Big Ten Conference, em uma das maiores realocações da era moderna do college football.


A transição foi desafiadora, mas também sinalizou uma nova ambição: competir com as maiores potências do esporte universitário.


"Fear the Turtle": mascote e identidade
Fonte: Reprodução: University of Maryland
Fonte: Reprodução: University of Maryland


O apelido Terrapins ou simplesmente Terps, tem raízes na fauna local. Ele homenageia a diamondback terrapin, uma espécie de tartaruga nativa da região da Chesapeake Bay.



A figura central do programa é o mascote Testudo, cuja estátua de bronze no campus se tornou ritual dos torcedores antes dos jogos. Esfregar a tartaruga é símbolo de boa sorte.




Casa dos Terrapins: SECU Stadium

O SECU Stadium, inaugurado em 1950 e anteriormente conhecido como Byrd Stadium, é o templo dos Terrapins. Localizado em College Park, o estádio tem capacidade para mais de 51 mil pessoas e representa um dos palcos tradicionais do futebol universitário na Costa Leste.


Fica a poucos quilômetros de Washington, D.C., o que ajuda a atrair atenção nacional.


Glórias do passado

Os Terrapins vivem sob a sombra de uma era de ouro nos anos 1950. Em 1953, sob o comando de Jim Tatum, conquistaram seu único título nacional, encerrando a temporada invictos.


Durante sua trajetória na ACC, foram nove vezes campeões da conferência e marcaram presença em diversos bowl games de prestígio, como o Orange Bowl, o Peach Bowl e o Gator Bowl.


Entre os nomes que passaram pelo programa, destaque para Stefon Diggs, atual estrela do NFL Draft que brilha no Buffalo Bills, um símbolo da capacidade do Maryland em produzir talentos para a liga profissional.


Era Big Ten: reconstrução e ambição

Desde que entrou na Big Ten, Maryland tem enfrentado uma realidade mais dura em termos de competitividade. Ainda assim, o programa tem mostrado evolução nos últimos anos, especialmente sob a liderança do técnico Mike Locksley, que vem apostando forte no recrutamento e em uma identidade local.


Destaques recentes: Bowl games consecutivos desde 2020; Aumento no número de recrutas 4 e 5 estrelas; Fortalecimento da base no DMV, região que abrange o Distrito de Columbia, Maryland e Virgínia, um dos principais celeiros de talentos do país.


Rivalidades em evolução

Com a mudança de conferência, algumas rivalidades antigas deram lugar a novos embates:

  • Penn State: Inimizade recente, mas intensa. A proximidade geográfica e disputas equilibradas têm acirrado os ânimos.

  • West Virginia: Uma rivalidade tradicional, com clima regional e histórico competitivo.

  • Virginia: Velha conhecida dos tempos de ACC, ainda carrega certo peso nostálgico para os torcedores mais antigos.


Tradição e cultura local
Fonte: Reprodução The Champaign Room
Fonte: Reprodução The Champaign Room

Maryland tem uma das identidades visuais mais marcantes do college football. Seus uniformes frequentemente trazem elementos da bandeira do estado, uma das mais icônicas dos EUA.



O lema "Fear the Turtle" é repetido à exaustão nas arquibancadas e redes sociais, reforçando o orgulho e a resiliência do programa.




Olho no futuro

Ao longo dos anos, os Maryland Terrapins vêm se consolidando como um programa cada vez mais relevante na formação de talentos para a NFL. Nomes como Stefon Diggs (WR – Buffalo Bills), Darnell Savage (S – Green Bay Packers) e DJ Moore (WR – Chicago Bears) ajudaram a colocar os Terps no mapa quando o assunto é transição para o futebol profissional. Nos últimos anos, essa tendência só tem aumentado.


Draft de 2024: Maryland teve quatro jogadores selecionados, quase chegando ao maior número desde 2009, naquela época, quando cinco atletas foram draftados.


Os Terps ainda busca retomar o protagonismo nacional e os sinais são promissores. Com uma base sólida, localização estratégica e investimento contínuo, os Terps têm tudo para surpreender na Big Ten nos próximos anos.


O Draft da NFL de 2025 reforçou a reputação dos Terrapins como um celeiro de talentos para o futebol profissional, uma vez que seis jogadores foram selecionados, marcando a maior classe de draftados do programa desde 2009. Essa conquista reflete o trabalho consistente do head coach Mike Locksley em desenvolver atletas prontos para o próximo nível.


Entre os destaques, Tai Felton (WR) foi selecionado na terceira rodada pelos Vikings, após uma temporada estelar em 2024, onde estabeleceu um recorde da escola com 96 recepções para 1.124 jardas e nove touchdowns. Ruben Hyppolite II (LB), líder em tackles dos Terrapins, foi escolhido pelos Bears na quarta rodada, trazendo versatilidade e liderança para a defesa de Chicago. Jordan Phillips (DT) e Dante Trader Jr. (S) reforçarão a defesa dos Dolphins, enquanto Kaden Prather (WR) e Tommy Akingbesote (DT) buscarão espaço nos Bills e Cowboys, respectivamente.


Se o presente ainda é de afirmação, o futuro pode ser de ascensão.





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