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Conheça os Programas - Georgia Bulldogs: O Novo Império do College Football

Durante muito tempo, o Georgia Bulldogs viveu à sombra de seus rivais. Apesar de sua imensa torcida, tradição histórica e localização privilegiada no coração do futebol universitário do Sul, o programa carregava o rótulo do “quase”.

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Era respeitado, sim, mas frequentemente encarado como uma potência que raramente transformava potencial em títulos. Isso começou a mudar em 2016, quando um ex-jogador e ex-assistente técnico de Alabama retornou à sua alma mater com uma missão clara, a de colocar Georgia no topo.


A construção da grandeza moderna

Kirby Smart, nascido e criado no Sul, sabia exatamente o que era necessário para vencer na SEC. Mais do que isso, ele sabia como construir um programa não apenas para competir, mas para dominar.


Em poucos anos, transformou os Bulldogs em um dos elencos mais profundos e consistentes do país, fazendo de Athens, Geórgia, um dos destinos mais cobiçados por recrutas cinco estrelas.


E o mais importante: ele tirou o estigma da derrota. Georgia não era mais o time que batia na trave. Era o time que quebrava a trave.


Os títulos que mudaram tudo

A virada de chave veio em 2021. Após anos perdendo duelos cruciais, especialmente para Alabama, Georgia finalmente venceu o jogo mais importante. Bateu o Crimson Tide na final do College Football Playoff, conquistando seu primeiro título nacional desde 1980. A vitória não foi apenas uma redenção histórica, mas uma afirmação pública de que o Bulldogs havia, enfim, superado suas limitações simbólicas e esportivas.


Em 2022, a consagração. Georgia voltou ao topo com uma campanha ainda mais dominante, sagrando-se bicampeã nacional com autoridade. A defesa, liderada por talentos como Jalen Carter e Kelee Ringo, foi considerada uma das melhores da era moderna do college football.

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O ataque, por sua vez, foi eficiente e disciplinado, com um quarterback improvável, Stetson Bennett IV, personificando a narrativa do herói subestimado.


O bicampeonato foi mais que uma conquista, foi o nascimento de um império. Georgia deixava de ser apenas uma escola tradicionalmente forte e passava a ser o padrão.


Athens: uma cidade que respira futebol

Localizada a pouco mais de uma hora de Atlanta, Athens é uma cidade universitária vibrante, artística e culturalmente rica, mas quando o outono chega, tudo gira em torno dos Bulldogs.


O Sanford Stadium, com capacidade para mais de 92 mil pessoas, se transforma em um caldeirão vermelho e preto. E o famoso “Between the Hedges”, referência aos arbustos que cercam o campo, virou símbolo de resistência para os adversários.


A experiência de jogo em Athens é intensa. Desde a caminhada dos jogadores até o estádio, passando pelos hinos tocados pela Redcoat Marching Band, até os momentos finais sob aplausos frenéticos, tudo é desenhado para pressionar o visitante e elevar o time da casa.


Georgia, que sempre teve uma base sólida de fãs, agora desfruta de uma nova era de paixão e orgulho. Crianças crescem assistindo aos Bulldogs vencendo finais nacionais, e jovens atletas do ensino médio olham para Athens como um destino de elite.


Defesa dominante, cultura inegociável

Se há algo que define o Georgia Bulldogs sob o comando de Kirby Smart, é a defesa. Herdando os princípios de Nick Saban, mas desenvolvendo sua própria identidade, Smart montou unidades defensivas que ditam o ritmo de jogo, sufocam adversários e moldam partidas do primeiro ao último snap.


Não é exagero dizer que a defesa de Georgia nos anos de 2021 e 2022 foi comparável às melhores da história do college football. Cada jogador parecia saber não apenas sua função, mas a função de todos ao seu redor. A comunicação era quase telepática, e a intensidade, inegociável. Era um exército bem treinado, com disciplina técnica e violência legalizada no contato físico.


Esse padrão defensivo se traduziu em dezenas de jogadores draftados pela NFL. Georgia passou a ser uma fábrica de talentos defensivos, especialmente em posições de linha e linebacker, atraindo olheiros profissionais de todas as franquias da liga.


Rivalidades, orgulho e ambição permanente

Georgia tem rivalidades intensas com Florida, Auburn, Tennessee e, claro, Georgia Tech. Mas nenhuma partida se iguala, em tensão e simbolismo, ao duelo contra Alabama, especialmente depois das finais recentes. Esses jogos se tornaram marcos da temporada, capazes de definir legados, derrubar invencibilidades e determinar destinos de playoffs.


A rivalidade com Florida, conhecida como “The World’s Largest Outdoor Cocktail Party”, disputada em Jacksonville, é uma tradição que mistura festa, pressão e imprevisibilidade. Mesmo em anos de desempenho desequilibrado, esse clássico é aguardado por torcedores e analistas com igual apreensão.


Com a chegada de Texas e Oklahoma à SEC, o caminho para o título ficou mais complicado. Mas Georgia não parece intimidada. Pelo contrário, o programa enxerga a nova era como uma oportunidade para provar, mais uma vez, que está no auge de sua grandeza. A nova geração de jogadores chega com fome, mas também com a tranquilidade de quem cresce dentro de um sistema vitorioso.


O futuro é agora e o agora é dominado por Georgia

Com as mudanças no College Football Playoff, que agora conta com 12 equipes, e o fortalecimento da SEC como superliga, Georgia não apenas se beneficia, ela se impõe. O programa está pronto para não apenas disputar essas vagas, mas liderar a corrida.

Fonte: Reprodução Marca
Fonte: Reprodução Marca

O recrutamento segue em ritmo de rolo compressor. A estrutura da universidade, com centros de performance e treinamento de última geração, rivaliza com a de franquias da NFL. A mentalidade instaurada por Kirby Smart é clara, todos têm talento, mas só vence quem tiver também a cultura certa.


Georgia Bulldogs, outrora um time promissor e frustrado, agora é o modelo. O novo Alabama. O novo referencial. O império que se ergueu com suor, disciplina e obsessão por excelência. E, ao que tudo indica, esse reinado ainda está longe de acabar.


No próximo capítulo da série “Conheça os Programas”, o foco será no LSU Tigers, uma das escolas mais carismáticas da SEC, lar de algumas das torcidas mais intensas e do time que em 2019 protagonizou talvez a temporada mais espetacular da história do college football.


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