Por décadas, os Bowl Games foram o ápice do College Football. Um prêmio de consolação para uns, um palco de consagração para outros.
Antes dos Playoffs, os grandes bowls como Rose, Sugar, Orange, e Cotton eram o sonho de qualquer universidade. Vencer um desses significava fechar a temporada com chave de ouro, mesmo sem disputar um título nacional.
Com a chegada do College Football Playoff (CFP), em 2014, e sua recente expansão para 12 times, muita coisa mudou. Os Bowl Games passaram de protagonistas a coadjuvantes. O torcedor comum, muitas vezes, só se importa com os jogos que envolvem os playoffs. E mais: muitos atletas especialmente os que se preparam para o Draft da NFL optam por não jogar, temendo lesões em jogos considerados "menos importantes".
Ainda assim, os Bowl Games resistem. Não como definições de campeão, mas como parte fundamental da cultura do College Football. Para universidades menores, jogar um Bowl como o Citrus ou Alamo ainda é motivo de orgulho. Para jogadores sem perspectiva de NFL, é a chance de fechar a carreira com destaque nacional. E para os fãs mais tradicionais, é quase um ritual de fim de ano.
Foto: Reprodução/ NY Post
Além disso, há Bowls que ainda carregam peso histórico. O Rose Bowl, por exemplo, segue sendo um evento marcante no dia 1º de janeiro, mesmo fora do CFP. Ele representa mais do que um jogo: é parte da alma do esporte universitário. O mesmo vale para rivalidades revividas, uniformes clássicos, e a emoção de ver programas medianos brilharem em horário nobre.
No fim das contas, os Bowl Games podem ter perdido parte de sua relevância competitiva, mas não sua importância simbólica. São uma ponte entre tradição e modernidade, entre o espírito colegial e o espetáculo da televisão. Enquanto houver torcedor que ligue a TV no fim de dezembro para ver o time do coração disputar uma última partida, os Bowls seguirão tendo um lugar cativo no coração do College Football.
