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Ágil, vibrante e competitivo. Prazer, sou o Flag Football.

Atletas jogando Flag Football | Foto: Barbara Cristina Souza
Atletas jogando Flag Football | Foto: Barbara Cristina Souza

O Flag Football (Flag para os íntimos) é frequentemente apresentado como uma versão "nutella" do Futebol Americano (FA) tradicional, por um esporte sem contato e menos intenso. No entanto, essa ideia não poderia estar mais longe da realidade. Embora suas regras tenham sido projetadas para minimizar impactos e lesões, o Flag exige um raciocínio rápido e velocidade física, tornando-se um esporte dinâmico e altamente competitivo. Com um crescimento acelerado no mundo, o Flag foi incluído como modalidade olímpica nos Jogos de Los Angeles, em 2028.

Regras

O Flag Football é disputado entre dois times de cinco jogadores cada, divididos em ataque e defesa. Não existem equipes de especialistas, ou seja, não há Kickoff, Punt ou Field Goal. O campo mede 50 por 20 jardas, com duas endzones de 10 jardas cada. A partida é jogada em dois tempos de 20 minutos.


A principal diferença em relação ao FA é o uso das bandeiras presas à cintura dos jogadores. Como não há tackles nem bloqueios, um defensor precisa arrancar a bandeira do adversário para encerrar a jogada. Os jogadores podem agachar e girar para proteger suas bandeiras, mas não podem mergulhar ou saltar.


As posições são similares ao FA: o Quarterback (QB) é responsável pelos passes; o Center executa o snap; os Wide Receivers podem atuar como recebedores ou corredores; na defesa, todos são Defensive Backs, exceto o Blitzer, que parte a 7 jardas da linha de scrimmage e tenta pressionar o QB em um duelo direto.


O objetivo é avançar a bola até a endzone adversária. O ataque começa na linha de 5 jardas do próprio campo e tem quatro tentativas (downs) para cruzar o meio-campo. Se conseguir, os downs são reiniciados e a equipe ganha mais quatro chances para chegar à endzone.


Após o snap QB tem sete segundos para passar a bola e não pode ultrapassar a linha de scrimmage, a menos que tenha realizado um handoff. Ao chegar a 5 jardas da endzone, corridas são proibidas e apenas passes são permitidos. O jogo permite apenas um passe para frente por jogada, passes para trás são proibidos.


Os pontos são marcados da seguinte forma:


  • Touchdown: 6 pontos

  • Conversão de 5 jardas: 1 ponto (apenas passe permitido)

  • Conversão de 10 jardas: 2 pontos (corridas permitidas)

Ao final dos dois tempos, o time com mais pontos vence.

História

O Flag Football surgiu durante a Segunda Guerra Mundial como uma opção de entretenimento para os soldados americanos, que adaptaram o FA para reduzir o contato. O termo "Flag Football" foi oficializado em 1954.

Soldados americanos jogando Flag | Foto: Gary Nichols, Domínio Público, via Wikimedia Commons
Soldados americanos jogando Flag | Foto: Gary Nichols, Domínio Público, via Wikimedia Commons

Após a guerra, o esporte se espalhou pelos EUA, e as primeiras ligas locais foram criadas nos anos 50. A primeira liga nacional foi estabelecida nos anos 60, em St. Louis. Em 1994, a NFL realizou seu primeiro campo juvenil apresentando as regras do Flag. No início dos anos 2000, a NFL Flag já contava com milhares de jovens atletas, ajudando a popularizar o esporte. Hoje, a NFL Flag e a American Flag Football League (AFFL) são as maiores ligas dos EUA.


Desde 2002, a International Federation of American Football (IFAF) organiza um campeonato bienal. Em 2024, o torneio alcançou 32 seleções, consolidando o Flag no cenário mundial e culminando em sua inclusão nas Olimpíadas de 2028.


Flag Football no Brasil

O Flag chegou ao Brasil na década de 90. O Circuito Nacional de Flag Football foi criado em 2013 e renomeado para Copa Brasil de Flag Football em 2019. O Brasil teve sua primeira participação no Mundial da IFAF em 2012, com a seleção feminina. Em 2021, a seleção masculina estreou e terminou em quarto lugar.


Seleção Brasileira Feminina de Flag Football no Mundial de Israel 2021 | Foto: Grasiela Gonzaga
Seleção Brasileira Feminina de Flag Football no Mundial de Israel 2021 | Foto: Grasiela Gonzaga

Hoje, existem mais de 160 times de Flag espalhados pelo país, e a tendência é de crescimento. O Flag se destaca pela acessibilidade: ao contrário do FA, que exige equipamentos caros, o Flag requer apenas bandeiras, uma bola e espaço para jogar. Sua baixa intensidade de impacto o torna ideal para crianças, e, em abril, a SPFL realizará o primeiro campeonato paulista feminino sub-15, em Taubaté.


O crescimento do Flag também impulsiona o FA no Brasil. Com a entrada do esporte nas Olimpíadas, a modalidade pode ganhar visibilidade, atrair patrocinadores e fortalecer a cena nacional.


Se você nunca jogou Flag, vale a pena dar uma chance. Provavelmente, há um time perto de você — basta conferir esta lista. Acredite: depois da primeira partida, você vai se apaixonar pelo esporte!



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