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Wilson no Giants e Diggs no Patriots: como esses contratos impactam o NFL Draft?

No último dia 25, um recebedor finalmente aceitou a oferta dos Patriots, e os Giants adicionaram Russell Wilson a um elenco que já contava com Jameis Winston, Tommy DeVito. Faltando agora menos de um mês para o draft, entenda como essas contratações mudam as cinco principais escolhas de 2025.

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O Giants contratou Russell Wilson, QB, ex Steelers, em um contrato de um ano, no valor de até US$21 milhões, já Patriots e Stefon Diggs, WR, ex Texans, acertaram um contrato de três anos, por US$69 milhões.


Para os Giants, a adição de Wilson, de 36 anos, reduz sua desesperada necessidade de um quarterback e lhes dá um titular capaz de lançar passes longos para Malik Nabers e Darius Slayton. Essa é uma boa notícia após a combinação de Daniel Jones, Drew Lock e DeVito resultar em uma temporada de 3-14, um Nabers infeliz e o dono John Mara dizendo aos repórteres que "o problema número um" era "encontrar nosso quarterback do futuro".


Eles ainda não o encontraram, mas com apenas metade do contrato de Wilson garantida e os US$10,5 milhões restantes disponíveis em incentivos, ainda há uma chance de eles escolherem Sedeur Sanders na terceira escolha ou um quarterback diferente em alguma rodada próxima. 


O time ainda conta com o recém contratado, Jameis Winston, ex Browns, em contrato de 2 anos e um salário anual de US$4 milhões, mas isso sugere que ele sempre desempenharia o papel de reserva. Ambos os contratos implicam que os jogadores são soluções temporárias.


Durante a mesma conversa com os repórteres, Mara disse que está "quase sem paciência" com a atual administração dos Giants – o GM Joe Schoen e o HC Brian Daboll têm um recorde de 18-32 e a segunda pior diferença de pontos da liga (-289) em três temporadas no comando. Nenhuma vaga na NFL está mais quente, mas Wilson compra tempo para a dupla.


Lembrando que Schoen e Daboll começaram sua gestão recusando a opção de quinto ano de Daniel Jones, apenas para apostar US$160 milhões nele um ano depois.


Quanto a Russell Wilson, ele tem outra oportunidade de começar, apesar de seu desempenho ter diminuído durante a campanha de 0-5 dos Steelers na última temporada. Mas não espere que os Giants adotem a filosofia "Let Russ Cook": na última temporada, o time ficou em 29º em passes completos, sendo o 9º que mais tentou na liga. O que veremos? Muitos passes de play-action, uma especialidade de Wilson e uma favorita de Daboll, o Giants ficaram em quarto lugar em dropbacks de play-action em jogadas de corrida em 2024


Com a segurança no emprego de Schoen e Daboll dependendo de encontrar um quarterback, não se pode culpá-los por copiar a abordagem dos Steelers em 2024, importando vários veteranos. Ou talvez eles vão um passo além em direção à abordagem mais bem-sucedida (mas cara) dos Falcons, que draftavam Michael Penix Jr. semanas depois de garantir US$100 milhões para Kirk Cousins? O fato é que os times copiam o que dá certo nos seus vizinhos.


Enquanto isso, os US$26 milhões garantidos a Diggs por New England significam que seu contrato de três anos é essencialmente um contrato de um ano, com a possibilidade de duas temporadas. Com US$73 milhões em espaço salarial em 2025 (de acordo com o OverTheCap), os Patriots conseguiram facilmente pagar pelo melhor recebedor disponível em um negócio razoável – seu salário anual de US$23 milhões o coloca empatado com Calvin Ridley em 17º lugar entre os recebedores, por exemplo.


Se estiver saudável, ele dá a Drake Maye um corredor de rotas de elite que ainda consegue se destacar. É uma jogada de baixo risco e alto potencial que uma equipe carente de talento precisava fazer, especialmente considerando suas dificuldades históricas em encontrar um recebedor no draft.


Diggs tem a chance de ser a principal opção para um quarterback em crescimento, uma oportunidade raramente disponível para um jogador de 31 anos se recuperando de uma lesão no LCA – embora Adam Schefter tenha relatado que Diggs está no caminho certo para jogar na Semana 1.


Quando jogou ao lado de Josh Allen de 2020 a 2023, ele teve uma média de 111,3 recepções, 1.343 jardas e 9,3 touchdowns por ano, ajudando a impulsionar Allen ao estrelato. Diggs então foi útil em seus oito jogos em Houston, com uma média de 62 jardas em oito alvos.


Como isso impacta o draft? Tanto os Giants quanto os Patriots escolhem entre os cinco primeiros. Vamos analisar:


1ª escolha: Tennessee drafta Cam Ward (QB, Miami).

2ª escolha: Browns drafta Shedeur Sanders (QB, Colorado).


3ª escolha: Giants drafta Travis Hunter (CB/WR, Colorado). Eles precisavam de um quarterback em 2024 e, em vez disso, escolheram Malik Nabers na 6ª escolha, passando por Penix, J.J. McCarthy e Bo Nix. Mas esse erro não deve obscurecer sua visão de Hunter, um prospecto geracional que poderia dar a Russell Wilson (ou a um QB calouro no futuro – Arch Manning em 2026 ou 2027?) mais um alvo, ao mesmo tempo em que garante a cobertura de recebedores adversários como cornerback.


4ª escolha: Patriots drafta Abdul Carter (EDGE, Penn State). Os times do novo HC Mike Vrabel são construídos na defesa e nas trincheiras. Com o corpo de recebedores em melhor forma, graças a Diggs, os Pats têm ainda mais motivos para se concentrar em sua defesa. Embora ainda haja uma carência na linha ofensiva, a oportunidade de selecionar um talento como o de Carter não pode ser desperdiçada.


Existem ainda alguns pinos a caírem nesse boliche que é o NFL Draft. Os dois times sempre podem buscar um trade down, acumular escolhas e ainda escolher jogadores que podem ser produtivos já no ano de calouro. Ambos os times precisam de muita coisa para serem mais competitivos no futuro; não se surpreenda se decidirem descer na primeira rodada.


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