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Mock 1.0: Para onde vai Shedeur Sanders? Giants com duas escolhas na primeira rodada.

Após free agency e faltando menos de um mês para o NFL Draft, quais são as principais necessidades dos times ainda? Chegando em abril, os cenários já começam a ficar mais claros, as trocas estão mais quentes e os times já demonstram mais os seus planos.

(Foto: Reprodução X/ NFL)
(Foto: Reprodução X/ NFL)

Lembrando que, o evento que ocorrerá em Green Bay e tem a primeira rodada no dia 24 de abril, é “só” o final de um processo que começou a afunilar no dia 27 de fevereiro, em Indianápolis, com o Combine. E tem mais uma etapa se encerrando no dia 16 de abril, com as visitas dos prospectos aos times tendo seu fim. Com isso temos mais clareza ao observar o cenário.


Dito isso, vamos o que importa:

Pick 1: Tennessee Titans: Cam Ward, QB, Miami

Sem me alongar muito: Cam Ward é consideravelmente melhor que qualquer opção que o Titans tenha no seu QB room hoje. Will Levis, tendo sido uma escolha de segunda rodada da antiga gestão técnica, facilmente vai ser o backup na próxima temporada. Um upgrade, na posição, para Brian Callahan no seu segundo ano como head coach.


Pick 2: Cleveland Browns: Shedeur Sanders, QB, Colorado

Talvez a primeira surpresa da noite. Shedeur é um QB de teto alto e piso baixo. Nesse momento, muito se fala sobre necessidade dele ficar um ano como backup, mas Cleveland, com certeza, precisa mais de uma resposta na posição do que ele de tempo para maturar. Com o próprio dono dizendo que eles deram um “swing and miss” na troca envolvendo o Deshaun Watson - e depois renovando com um contrato quase 100% garantido -, é improvável que eles deixem essa oportunidade passar.


Pick 3: New York Giants: Travis Hunter, CB/WR, Colorado.

Quer um splash duplo? Temos! Travis Hunter é a definição de jogador único. Tendo feito sua carreira universitária jogando dos dois lados da bola, Hunter seria o melhor prospecto em qualquer posição que decida jogar na NFL. É improvável que faça na NFL o que fez no College, mas já tendo feito em um nível altíssimo, é incrível. Para o Giants, é o famoso BPA (Best Player Available), tendo assinado com Russell Wilson, mitigou a necessidade de sair com um QB na 3.


Pick 4: New England Patriots: Abdul Carter, EDGE, Penn State

Por falar em BPA. É nisso que o Patriots aposta ao selecionar Abdul Carter. Para muitos o EDGE é o melhor jogador overall da classe, completamente capaz de mudar o patamar de qualquer defesa já no dia 1. Com Vrabel e Wolf, dizendo que vão buscar o melhor jogador disponível, nesse cenário, essa decisão passa pelo camisa #11. Carter, não testou no combine e nem no Pro Day de Penn State por conta de uma lesão no ombro, mas a expectativa é de que esteja pronto para jogar no outono.


Pick 5: Jacksonville Jaguars: Mason Graham, IDL, Michigan

Seguindo a linha das escolhas 3 e 4, o Jaguars adiciona não só qualidade às suas trincheiras, mas também bastante bife. Com incríveis 1,90 m e 145 Kg, Graham seria a âncora ideal para a reestruturação defensiva que o time vai começar na próxima temporada. Além de tudo que pode agregar no campo, vir de um time campeão pode ser tudo que o vestiário conturbado do Jaguars precisa para estabelecer uma cultura positiva.


Pick 6: Las Vegas Raiders: Ashton Jeanty, RB, Boise State

Win now! Esse é o lema em Las Vegas nesta temporada, seja na fala do novo head coach, Pete Carroll, seja no trabalho feito pelo front office nessa offseason. A troca pelo Geno Smith é um exemplo disso. E, para começar isso de fato, um running back plug and play é um dos caminhos. Jeanty vem de uma temporada de mais de 2000 jardas, sendo muito efetivo no College Football Playoff, em um enfrentamento mais alto, principalmente contra Oregon, melhor time da temporada regular.


Pick 7: New York Jets: Armand Membou, OT, Missouri

Uma das mais surpreendentes subidas em cotação deste draft. Membou se destacou no NFL Combine, o que faz com que muitos times o tenham à frente de Will Campbell. Tendo nota 94 de 100, de acordo com o Next Gen Stats, o calouro levaria muito atleticismo unido a força e técnica a posição de right tackle dos Jets.


Pick 8: Carolina Panthers: Mykel Williams, EDGE, Georgia

“Glaucio, Mykel Williams na pick 8 com essa produção?” Pois é, eu também não faria. Mas estamos falando de freak atlético, talvez o maior teto dentro da posição, depois do Abdul Carter. Isso explica a paixão do Panthers por Williams. Seria essa uma cortina de fumaça ou de fato termos o ex bulldog como substituto de Brian Burns, em Carolina?


Pick 9: New Orleans Saints: Jalon Walker, EDGE, Georgia

O Saints talvez seja o time mais difícil de prever o que fará nesse draft, justamente pela carência em várias posições, e por isso penso em Jalon na 9. Híbrido entre EDGE e ILB,  Walker seria a melhor opção para um time desguarnecido em vários setores na defesa. Seria um bom pilar de reconstrução para uma unidade envelhecida.


Pick 10: Chicago Bears: Mike Green, EDGE, Marshall

Encerrando essa pequena corrida por EDGEs, o Bears escolhe aquele que, para mim, é o segundo melhor talento da posição neste draft. Saindo de um programa menor, Green sofre com questionamentos sobre a sua produção, 13 sacks na temporada passada. Mas todas as ferramentas estão lá, um primeiro passo de elite, um band primoroso e um atleticismo muito acima da média, valores que, se estivessem em um jogador de Alabama, Georgia ou Michigan, o fariam ser uma escolha top sem questionamentos. E se serve de exemplo positivo, Quinyon Mitchell jogou em Toledo.


Pick 11: San Francisco 49ers: Will Johnson, CB, Michigan

Todos temos em mente que a maior necessidade do 49ers é a OL, certo? Mas o técnico de unidade do time, o head coach, Kyle Shanahan, e o General Manager, John Lynch, entendem que podem encontrar e desenvolver valores escolhidos em picks tardias no draft. Dito isso, com a volta de Robert Saleh, para a posição de coordenador defensivo, Will Johnson se torna uma escolha óbvia, pensando nas valências que agradam a comissão técnica e Johnson possui. Quase um fit perfeito.


Pick 12: Dallas Cowboys: Matthew Golden, WR, Texas

Outro exemplo de subida pré draft. Golden é nascido no Texas, criado no Texas, jogou pelos Longhorns, nada melhor do que se profissionalizar no Texas, certo? Para além disso, com a saída de Brandin Cooks, falta uma arma confiável, com capacidade de esticar o campo verticalmente, para Dak Prescott. Veremos se Golden consegue transformar seu tempo de 4.29s, no tiro de 40 jardas, em play speed.


Pick 13: Miami Dolphins: Will Campbell, OT/G, LSU

Fim da queda de Will Campbell. Muito cotado como OT 1 da classe, para mim, Campbell se fez valer da sua técnica aprimorada e de algumas faltas para baixar seus números de sacks cedidos. Sua envergadura, menor do que a NFL atual pede, pode ser um problema no nível mais alto do esporte. De qualquer forma, ele deve ser testado como OT, caso não dê certo, viraria um guard de primeiro nível. Atualmente existem poucos lugares onde essa versatilidade seria melhor aproveitada que Miami, onde existem buracos em todas as posições da linha ofensiva.


Pick 14: Indianapolis Colts: Tyler Warren, TE, Penn State

Uma das escolhas que eu cravo como certas. Finalmente os Colts teriam um TE para chamar de seu. Warren, desconsiderando o valor posicional, é um dos melhores jogadores desta classe e, para um ataque quase completo, um encaixe perfeito, por tudo que ele pode acrescentar, tanto no jogo terrestre, mas, principalmente, no jogo aéreo. A arma que faltava para o ataque de Indianapolis.


Pick 15: Atlanta Falcons: Shemar Stewart, EDGE, Texas A&M

Um dos times com necessidades mais claras chegando no draft é o Falcons, com Shemar Stewart, por hora, essa necessidade está resolvida. Atlanta tem sido um dos piores times pressionando o QB nos últimos anos. Shemar vem para ser a peça motriz dessa unidade, agora mais enfraquecida com a saída de Grady Jarrett. Um jogador atlético e de boa produção, tem tudo para ser o que o Falcons procura na posição: consistente.


Pick 16: Arizona Cardinals: Jahdeae Barron, CB, Texas

Outro time com muitas necessidades é o Cardinals, contudo, cornerback não é uma das principais. Mas Jahdeae Barron é um upgrade significativo em relação aos jogadores que lá estão. Apesar de ser mais baixo do que o ideal para a posição atualmente, 1,80 m, Barron compensa essa falta de estatura com muito atleticismo e versatilidade, podendo jogar como outside corner ou slot. Um jogador perfeito para uma unidade que carece de talento.


Pick 17: Cincinnati Bengals: Jihaad Campbell, ILB, Alabama

Temos o primeiro Crimson Tide saindo na 17, para o Bengals. Jihad Campbell é simplesmente tudo que um time precisa na posição de linebacker off ball. Velocidade, força, inteligência. Tudo isso vindo de um dos maiores programas do College Football, ou seja, jogou contra os melhores. Ele é o jogador em quem você pode confiar de olhos fechados, aquele líder em campo. Tem tudo para ser um franchise player defensivo na NFL por anos.


Pick 18: Seattle Seahawks: Grey Zabel, IOL, North Dakota State

Por falar em fit, existem poucos que sejam tão claros quanto Zabel e Seahawks. Sua versatilidade para jogar em qualquer posição do meio da linha ofensiva, fazem dele a escolha perfeita para um time que teve muitos problemas não só para proteger o seu QB, mas também para correr entre os tackles. Talvez seja um reach, mas, quando falamos de draft, a necessidade às vezes precisa falar mais alto.


Pick 19: Tampa Bay Buccaneers: James Pearce Jr., EDGE, Tennessee

Para um time que tem dificuldade de pressionar os QBs adversários pelas pontas, que tal um EDGE de 1,83 m, 1.56s no tiro de 10 jardas, 17,5 sacks e 28 tackles for loss, nas duas últimas temporadas? Com essas marcas, por que então ele cairia tanto? Simples, sua conduta fora de campo pode ser um impeditivo para que ele seja escolhido mais alto. Lembrando que Micah Parsons também tinha esses poréns e se tornou um dos melhores jogadores da liga. Se Pearce seguir esse exemplo, os Bucs podem fazer a melhor escolha do draft.


Pick 20: Philadelphia Eagles (from Denver Broncos): Malaki Starks, S, Georgia

Outro jogador dos Bulldogs em Philly? Sim, mas quando falamos de Malaki Starks, estamos falando de um dos melhores prospectos da posição em anos, não apenas do pedigree (entendeu?). Howie Roseman tem um histórico muito grande de selecionar jogadores de Georgia, mas somente um talento como esse faria ele subir 12 posições no draft. Para Malaki, o jogo passar devagar, é como se ele tivesse o playbook ofensivo, do adversário, na cabeça.


Pick 21: Pittsburgh Steelers: Derrick Harmon, IDL, Oregon

Disruptivo, rápido, forte, grande e pesado. Derrick Harmon reúne todas as características de um IDL de alto nível. Para um time que possui grandes pass rushers nas pontas, um jogador com essa capacidade, para jogar pelo meio, pode tornar a defesa do Steelers ainda mais temida.


Pick 22: Los Angeles Chargers: Colston Loveland, TE, Michigan

Caindo até a 22, existe alguma possibilidade do Jim Harbaugh deixar passar seu ex comandado? Bem, eu acho que não. Ciente da necessidade de dar alvos para Justin Herbert, a escolha de Loveland não se baseia apenas na reunião entre criatura e criador, mas também na carência ofensiva que passa pelo Chargers. Ladd McConkey não pode ser o único alvo de qualidade.


Pick 23: Green Bay Packers: Azareye’h Thomas, CB, Florida State

Talvez a escolha mais surpreendente da primeira rodada, mas basta raciocinar um pouquinho para entendê-la. Com Jaire Alexander passando mais tempo fora do que dentro de campo, um CB se faz necessário em Green Bay e Thomas, no auge dos seus 1,84 m, combina atleticismo e tamanho, tudo aquilo que Brian Gutekunst adora num prospecto. Afinal, atleticismo não se ensina.


Pick 24: Minnesota Vikings: Kenneth Grant, IDL, Michigan

Kenneth Grant é a definição da palavra gigante, 1,93 m e 150 kg, para um nose tackle que usa bastante suas valências físicas para vencer seus duelos. Precisa ainda melhorar alguns pontos tecnicamente falando. Mas facilmente irá se consolidar na NFL como um pilar defensivo onde cair.


Pick 25: Houston Texans: Josh Simmons, OT, Ohio State

O Houston Texans claramente está em um processo de reestruturar sua linha ofensiva. Trocou Laremy Tunsil e Kenyon Green, e Shaq Mason saiu como free agent, ou seja, se faz necessária a escolha de jogador de OL na primeira rodada. Josh Simmons vem para ser aquele LT enorme, capaz de parar qualquer jogador somente com a sua envergadura. Porém, vem com uma lesão no joelho esquerdo, que o tirou de 10 jogos na última temporada, vamos ver se isso impacta em seu jogo.


Pick 26: Los Angeles Rams: Tetairoa McMillan, WR, Arizona

T-Mac na 26, loucura? Talvez, dificilmente isso aconteceria, eu sei, mas, considerando as necessidades dos times e os movimentos na free agency, WR acabou sendo uma posição preterida neste mock. Isso posto, não consigo enxergar muitos cenários melhores para um jogador como Tetairoa, um time onde ele teria todo espaço para se desenvolver sem pressão e um QB de altíssimo nível lhe passando a bola. A queda se dá apenas por um capricho deste que escreve. Nada contra o jogador.


Pick 27: Baltimore Ravens: Nic Scourton, EDGE, Texas A&M

Outro time com poucas necessidades gritantes é o Ravens, pensando nisso, na 27, Nic Scourton se mostra uma pick de excelente nível. Baltimore tem tido dificuldade de pressionar os QBs rapidamente, a maioria dos sacks vem quando os encaixes da secundária já aconteceram e os QB não tem pra onde passar a bola, falta aquela peça disruptiva pelas pontas que Odafe Oweh não conseguiu se tornar. É aí que entra Scourton, jogador de finesse elevado e com bom arsenal de pass rush.


Pick 28: Detroit Lions: Donavan Ezeiruaku, EDGE, Boston College

Seja pelo meio ou pelas pontas, o Detroit Lions precisa agregar talento a sua linha defensiva. Um pouco undersize para posição, Ezeiruaku compensa isso com uma envergadura acima da média e um motor de elite. Com um primeiro passo ágil, pode ser o jogador disruptivo que o Lions precisa para jogar do lado oposto do Aidan Hutchinson.


Pick 29: Washington Commanders: Nick Emmanwori, S, South Carolina

Emmanwori é, com certeza, um dos meus jogadores favoritos neste draft. Físico, rápido, instintivo, alto. Um jogador completo fisicamente falando, daqueles que você sabe que vai machucar o adversário. Mas ainda carece de refino técnico em alguns momentos, justamente pela sua intensidade, acaba perdendo alguns tackles ou chegando errado em outros, coisa que compensa com a sua envergadura. Mas, pasmem, tem apenas 21 anos, ou seja, ainda há espaço para aprendizado. No pior dos cenários, poderia virar ILB.


Pick 30: Buffalo Bills: Walter Nolen, IDL, Ole Miss

Um steal do Bills na 30. Walter Nolen talvez seja o remédio que a defesa do Bills precise para se curar desse problema em janeiro. Rápido, forte e inteligente, Nolen pode alinhar tanto como EDGE, quanto como IDL, embora tenha sido por dentro que fez seus highlights em Ole Miss. Um pouco undersized, porém disruptivo, te lembra alguém? Comparações à parte, talento não falta, mas ainda carece de algum refino.


Pick 31: Kansas City Chiefs: Kelvin Banks Jr. OT, Texas

Outra queda brusca. Outro fit excelente. Assim eu classificaria a escolha de Banks pelo Chiefs. Todos vimos a defesa do Eagles jantar a OL de KC com farofa no Super Bowl, portanto chegar na 31, para Banks pode significar dar dois passos para trás, depois dar dois pra frente. Perder alguns milhões, em troca ser lapidado por uma das grandes mentes ofensivas da NFL e proteger o melhor QB da atualidade. O que explicaria a queda? O seu processo pré draft fez com que ele perdesse stock, tendo um Senior Bowl e Combine ruins, Banks viu outros nomes subirem e o seu cair.



Pick 32: New York Giants (from Denver via Philadelphia): Jaxson Dart, QB, Ole Miss

Finalmente um QB jovem para o Giants. Jaxson Dart passa longe de ser um prospecto que salte aos olhos, mas esse time precisa pensar no futuro. Daboll e Schoen sabem que seus empregos dependem de um bom trabalho na posição. Um QB calouro, principalmente um QB que carece de tempo para maturar, daria aos dois um respiro em suas cadeiras. Dart se encaixa bem nas necessidades, tanto do time, quanto do front office. Ele, por sua vez, sofre de um mal que acomete todos os jogadores produzidos pelo ataque de Ole Miss, falta de criatividade ofensiva do programa. Ao Dart foi pedido muito pouco em seu tempo universitário, mas esse pouco foi executado quase à perfeição. Será ele capaz de dar o próximo passo?


Adicional:

Pick 34: Denver Broncos: Omarion Hampton, RB, North Carolina

Depois de descer duas vezes, acabar no começo da segunda rodada, mas acumular escolhas, Sean Payton tem um RB para chamar de seu. Em uma classe tão profunda na posição, Hampton é daqueles fits ideais, jogador para vestir a camisa de titular no dia 1 e não perder mais. Denver sofreu com seu jogo terrestre na temporada passada, não por causa da sua linha ofensiva, mas sim pela qualidade (ou falta dela) dos seus running backs. Hampton resolveria a questão.


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