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New York Jets: Conheça a história, momentos marcantes e análise do declínio da franquia

O New York Jets é uma das franquias mais emblemáticas da NFL, apesar de sua trajetória ser marcada por longos períodos de dificuldades. O time, que foi protagonista de um dos momentos mais históricos do futebol americano no Super Bowl III, também passou por décadas de instabilidade e tentativas frustradas de reconstrução. Hoje, vamos aprofundar a história da equipe, analisando seus momentos de glória, os fatores que levaram ao declínio e a situação atual da franquia.

Os primórdios e o nascimento dos Jets (1959-1968)


O time foi fundado em 1959 como Titans of New York, sendo uma das oito franquias originais da American Football League (AFL), liga que rivalizava com a NFL na época. No entanto, os Titans tiveram dificuldades financeiras e pouca relevância esportiva nos primeiros anos. Em 1963, o time foi vendido para um grupo liderado por Sonny Werblin, que rebatizou a equipe como New York Jets, buscando um nome moderno, alinhado com o crescimento da indústria da aviação e a proximidade do time com o Aeroporto de LaGuardia.

Com a contratação do técnico Weeb Ewbank, ex-Baltimore Colts, os Jets começaram a se estruturar para se tornarem uma equipe competitiva. Em 1965, o time fez uma de suas maiores aquisições da história: o quarterback Joe Namath, vindo da Universidade do Alabama. Namath, conhecido por seu carisma e confiança, rapidamente se tornou o rosto da franquia.

O Super Bowl III e a maior conquista da história (1969)


O ápice da história dos Jets aconteceu na temporada de 1968, quando a equipe terminou com um recorde de 11-3, vencendo a AFL e se classificando para o Super Bowl III contra o poderoso Baltimore Colts, da NFL. Os Colts eram amplamente favoritos, com uma defesa dominante e um histórico de sucesso na liga.
Entretanto, Joe Namath fez uma das promessas mais ousadas da história do esporte ao garantir publicamente que os Jets venceriam o Super Bowl. Contra todas as expectativas, os Jets dominaram a partida e venceram por 16-7, consolidando Namath como um dos maiores ídolos do esporte e provando que as equipes da AFL podiam competir em alto nível com as da NFL.

Essa vitória foi um marco histórico, pois ajudou a impulsionar a fusão entre AFL e NFL, que ocorreu em 1970.

O declínio pós-Namath e décadas de instabilidade (1970-1996)


Apesar da glória conquistada no Super Bowl III, os Jets enfrentaram uma forte queda de desempenho nos anos seguintes. Namath começou a sofrer com lesões e a equipe não conseguiu manter o alto nível competitivo. Durante os anos 70, os Jets raramente foram competitivos e não conseguiram retornar aos playoffs até 1981.

Nos anos 80 e 90, o time passou por altos e baixos, mas nunca conseguiu formar uma equipe consistente o suficiente para brigar por títulos. Algumas tentativas de reconstrução falharam devido a decisões ruins no Draft e trocas que não deram certo. O time chegou a ter alguns momentos de esperança, como em 1982, quando avançou até a final da AFC, mas foi derrotado pelo Miami Dolphins.
Outro fator que marcou esse período foi a falta de estabilidade na posição de quarterback. Desde a saída de Namath, os Jets tiveram uma longa lista de jogadores na posição, mas nenhum conseguiu se firmar como um verdadeiro sucessor.

A nova era e os playoffs com Bill Parcells (1997-2010)


Nos anos 90, os Jets finalmente começaram a dar sinais de melhora com a contratação do técnico Bill Parcells em 1997. Parcells, que já havia conquistado títulos com os New York Giants, trouxe uma mentalidade vencedora à equipe. Sob seu comando, os Jets chegaram à final da AFC em 1998, mas perderam para o Denver Broncos.
Após a saída de Parcells, os Jets continuaram competitivos nos anos 2000. Durante essa época, tiveram algumas boas campanhas com quarterbacks como Chad Pennington e Mark Sanchez.

A fase mais promissora dessa era veio sob o comando do técnico Rex Ryan. Com uma defesa extremamente forte liderada por Darrelle Revis e um jogo terrestre eficiente com LaDainian Tomlinson, os Jets chegaram a duas finais consecutivas da AFC (2009 e 2010). No entanto, perderam ambas, respectivamente para Indianapolis Colts e Pittsburgh Steelers.

O declínio contínuo e a busca pela reconstrução (2011-presente)


Desde 2011, os Jets entraram em um ciclo de constantes mudanças de técnicos, quarterbacks e direções gerais. O time falhou diversas vezes na tentativa de encontrar um quarterback de franquia, apostando em nomes como Geno Smith, Sam Darnold e Zach Wilson, mas nenhum deles conseguiu se firmar.
Outro problema tem sido a falta de estabilidade no comando técnico. Desde a saída de Rex Ryan em 2014, os Jets passaram por diversos técnicos, incluindo Todd Bowles, Adam Gase e Robert Saleh, sem sucesso consistente.

Em 2023, os Jets fizeram uma grande aposta ao contratar o quarterback Aaron Rodgers, quatro vezes MVP da NFL, vindo do Green Bay Packers. No entanto, logo no primeiro jogo da temporada, Rodgers sofreu uma lesão no tendão de Aquiles, frustrando as expectativas da torcida.

No ano seguinte Aaron Rodgers voltou de lesão e jogou de verdade pelos Jets, o time de NY ainda trouxe o wide reciver Davante Adams, um dos melhores amigos de Rodgers. Entretanto o ano foi uma decepção total, o time não rendeu o esperado, ficando novamente fora dos playoffs. Aaron Rodgers foi cortado do elenco e Davante Adams não renovou, assinando com o Los Angeles Rams.

Nesta free agency os Jets trouxeram um novo quarterback, o time investiu em Justin Fields com um contrato de 2 anos e 40 milhões de dólares.
Principais jogadores da história dos Jets

Apesar dos desafios, os Jets tiveram grandes jogadores em sua história:

• Joe Namath (QB, 1965-1976) – Ícone da franquia e vencedor do Super Bowl III.
• Don Maynard (WR, 1960-1972) – Um dos melhores recebedores da história da AFL.
• Curtis Martin (RB, 1998-2005) – Running back dominante e membro do Hall da Fama.
• Darrelle Revis (CB, 2007-2012, 2015-2016) – Um dos melhores cornerbacks da NFL, apelidado de "Revis Island".
• Nick Mangold (C, 2006-2016) – Peça-chave na linha ofensiva por mais de uma década.

Estádios em que os Jets tiveram


1. Polo Grounds (1960-1963)
Nos primeiros anos da franquia, ainda como Titans of New York, o time jogou no lendário Polo Grounds, estádio icônico que abrigou equipes como o New York Giants (MLB) e o New York Giants (NFL). Apesar da tradição do local, as instalações eram precárias para o futebol americano, e a média de público era baixa.

2. Shea Stadium (1964-1983)
Com a mudança para o nome New York Jets em 1963, o time passou a jogar no Shea Stadium, que também era a casa do New York Mets (MLB). Foi neste estádio que os Jets conquistaram seu maior feito: a vitória no Super Bowl III, com Joe Namath liderando o time. Apesar de se tornar um lar mais estável, os Jets precisavam dividir o espaço com os Mets, o que criava desafios logísticos.

3. Giants Stadium (1984-2009)
A partir de 1984, os Jets se mudaram para o Giants Stadium, localizado em East Rutherford, Nova Jersey, dentro do complexo Meadowlands Sports Complex. O fato de compartilharem o estádio com os New York Giants gerou um sentimento de frustração entre os torcedores dos Jets, que viam o local como a "casa do rival". Durante essa época, os Jets tentaram reformar sua identidade, mas nunca conseguiram se estabelecer como a principal força do estádio.

4. MetLife Stadium (2010-Presente)
Em 2010, os Jets e os Giants inauguraram juntos o MetLife Stadium, uma das arenas mais modernas da NFL, também localizada em Nova Jersey. Apesar de finalmente terem um estádio de alto nível, os Jets ainda compartilham a arena com os Giants, o que mantém a sensação de não terem uma casa própria. O estádio tem capacidade para 82.500 torcedores, sendo um dos maiores da NFL.

O mascote dos Jets


Diferente de muitas equipes da NFL, os Jets não possuem um mascote oficial. Ao longo dos anos, a equipe experimentou algumas tentativas de criar um símbolo mais lúdico, mas nunca adotou uma figura oficial.

No entanto, o nome "Jets" já carrega um forte simbolismo, remetendo à modernidade e velocidade, refletindo a identidade de Nova York nos anos 60. A ideia do nome também foi inspirada na proximidade com o Aeroporto de LaGuardia, um dos principais hubs aéreos dos EUA.

Logotipos ao longo da história


1. 1960-1962: Titans of New York

Inicialmente nomeados "Titans of New York", o primeiro logotipo apresentava um jogador de futebol americano em azul e ouro, cores originais da equipe.

2. 1963-1964: Transição para New York Jets

Com a mudança de nome para "New York Jets" em 1963, o logotipo foi alterado para uma silhueta de um avião a jato verde com a palavra "JETS" em branco sobreposta, simbolizando a nova identidade da equipe.

3. 1964-1966: Introdução do Oval

O logotipo evoluiu para um design oval verde com "JETS" em branco e "NY" em letras menores acima, representando a cidade de Nova York.

4. 1967-1977: Ajustes no Design

Houve pequenas alterações no logotipo oval, refinando as letras e o formato para melhor visibilidade e reconhecimento.

5. 1978-1997: Modernização

O logotipo foi modernizado com letras estilizadas em verde e branco, incorporando uma imagem de um jato sobre a palavra "JETS", refletindo uma era mais contemporânea.

6. 1998-2018: Retorno ao Clássico

A equipe retornou ao design oval verde e branco, homenageando os logotipos das décadas de 1960 e 1970, mas com um verde mais escuro.

7. 2019-Presente: Atualização Moderna

O logotipo atual mantém o formato oval com "JETS" em letras brancas modernas e "NEW YORK" acima, utilizando um tom de verde chamado "Gotham Green", simbolizando a conexão com a cidade.

Uniformes ao longo dos anos


1. 1960-1962: Cores Originais

Os uniformes originais eram azul marinho e ouro, refletindo as cores dos Titans of New York.

2. 1963-1977: Verde e Branco Clássico

Com a mudança para os Jets, os uniformes adotaram o verde e branco, com capacetes brancos e detalhes verdes.

3. 1978-1997: Estilo Moderno

Os uniformes foram atualizados para um design mais moderno, com capacetes verdes e letras estilizadas, acompanhando o logotipo da época.

4. 1998-2018: Retorno ao Tradicional

A equipe voltou ao design clássico de verde e branco, com capacetes brancos e logotipo oval, homenageando a tradição da franquia.

5. 2019-Presente: Nova Era

Os uniformes atuais apresentam o "Gotham Green", com capacetes verdes metálicos e um design mais moderno, refletindo a identidade contemporânea da equipe.

A influência de Nova York e a torcida dos Jets


Os Jets fazem parte da cultura esportiva intensa de Nova York, uma cidade apaixonada por esportes e que abriga diversas franquias de elite. No entanto, o time sempre viveu sob a sombra dos New York Giants, que possuem mais títulos e um histórico mais vitorioso.

Os fãs dos Jets são conhecidos por sua paixão e lealdade, mesmo diante de décadas de frustrações. A torcida tem uma identidade própria e costuma se ver como "sofredora", mas extremamente fiel.

Um dos principais símbolos da torcida é o famoso canto "J-E-T-S, JETS! JETS! JETS!", que se tornou um dos gritos de guerra mais conhecidos da NFL. O grito é entoado por toda a torcida durante os jogos e é uma marca registrada do time.

Além disso, os torcedores dos Jets se espalham por toda a região de Nova York e Nova Jersey, criando uma base de fãs diversificada e apaixonada.

Curiosidades sobre os New York Jets


1. O único Super Bowl e a "maldição"

Desde a vitória no Super Bowl III, em 1969, os Jets nunca mais chegaram ao grande jogo da NFL. Esse longo período sem conquistas levou os torcedores a falarem de uma "maldição" que impede o time de retornar ao topo da liga.

2. A saída de Bill Belichick em 2000

Os Jets tiveram um dos maiores treinadores da história da NFL sob contrato por um único dia: Bill Belichick. Em 2000, Belichick foi anunciado como novo técnico dos Jets, mas renunciou ao cargo no dia seguinte e assinou com o New England Patriots, onde construiu uma dinastia ao lado de Tom Brady. Esse episódio gerou uma enorme rivalidade entre os dois times.

3. A polêmica com Brett Favre (2008)

Em 2008, os Jets contrataram o lendário quarterback Brett Favre, vindo do Green Bay Packers. A temporada começou bem, mas uma lesão de Favre prejudicou o desempenho do time, que não conseguiu chegar aos playoffs. Após um ano decepcionante, Favre deixou os Jets e assinou com o Minnesota Vikings.

4. A "Butt Fumble" (2012)

Um dos momentos mais infames da história dos Jets aconteceu no Dia de Ação de Graças de 2012, quando o quarterback Mark Sanchez protagonizou o lance conhecido como "Butt Fumble". Durante um jogo contra os Patriots, Sanchez tentou correr com a bola, mas colidiu com o traseiro de seu próprio companheiro de equipe e sofreu um fumble, resultando em um touchdown para os Patriots. O lance se tornou um dos momentos mais ridicularizados da história da NFL.

Situação atual dos Jets (2025)


Os Jets possuem uma base jovem promissora, principalmente na defesa, com Sauce Gardner e Quinnen Williams sendo destaques. No ataque, nomes como Breece Hall e Garrett Wilson mostram potencial.

A grande incógnita para o futuro da franquia é o desempenho de seu novo quarterback Justin Fields, recém chegado de Pittsburg. Se ele conseguir se recuperar e jogar em alto nível, os Jets podem finalmente retornar aos playoffs e sonhar com um título. Caso contrário, a equipe pode precisar buscar outro quarterback no Draft ou no mercado.

A divisão AFC Leste continua altamente competitiva, com Buffalo Bills campeão dos últimos 5 anos, Miami Dolphins com elenco competitivo e New England Patriots em reconstrução com seu novo QB. Os Jets precisarão mostrar evolução para voltar a ser uma das forças da liga.



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