Cam Ward, QB de Miami, destaca-se no Draft da NFL com talento e personalidade forte. Confira seus pontos fortes e fracos! Hoje irei analisar como o quarterback da Universidade de Miami joga e como chega para a NFL.
Cam Ward, nascido em 25 de maio de 2002, natural de West Columbia, na região do Texas, era um prospecto sem muita badalação saindo do HS, recebendo apenas uma bolsa de estudos para a pequena Incarnate Word Cardinals, faculdade da segunda divisão do college. Após uma boa temporada, Cam se transferiu para Washington State, onde passou a ser mais conhecido e ali, começou a colocar seu nome no radar da NFL.
Mas foi nesta última temporada, logo depois de ir para Miami, que Cam Ward se consolidou como um prospecto de primeira rodada, mostrando um amadurecimento no seu jogo e um conjunto de habilidades que qualquer time da NFL adora.
Cam tem 1.88 e 101 kg. Assim como Shedeur, não tem o tamanho ideal para um QB da NFL, entretanto, isso não deve se tornar um problema para ele na liga. Vale destacar as estatísticas do Cam Ward por Miami na última temporada, em que terminou em terceiro lugar na corrida pelo Heisman (prêmio dado para o melhor jogador universitário da temporada).
4,313 jardas passadas;
39 touchdowns;
7 interceptações;
67.2% de passes completos;
Os números são bons, e a mídia em cima do QB de Miami só aumenta. Mas afinal, o que o tape nos mostra?
Pontos positivos:
O release e movimentos do braço são limpos, com uma mecânica incrível para passes rápidos e laterais.
Vai muito bem passando em curta e média distância, com uma progressão rápida e eficiente.
Braço forte, capaz de fazer qualquer lançamento demandado na NFL.
Cam ataca o meio do campo com graciosidade, dando condição para seus recebedores criarem jardas após a recepção.
Foge muito bem do “script”, lidando bem com a pressão, se mantendo firme no pocket criando jardas com as pernas quando necessário, se mantendo muito tranquilo quando tudo parece dar errado.
Graças a sua experiência no college, Ward amadureceu muito seu jogo de uma forma geral, principalmente lendo as defesas em situações de blitzes (pressão em cima do QB de 5 ou mais jogadores).
Mostrou ser um cara “durão” em muitos jogos da temporada. Conseguindo comandar Miami a algumas viradas durante a temporada, chamando o jogo para si e não se escondendo em momentos críticos.
Pontos negativos:
Não é preciso em lançamentos longos, perdendo alvos abertos várias vezes em profundidade.
Vem de um esquema muito simples em Miami, isso pode atrasar o amadurecimento de seu jogo na NFL.
O trabalho de pés é algo que precisa ser melhorado o quanto antes para a NFL, já que Cam ,muitas vezes parecia perdido em dropbacks longos, gerando preocupação com seu controle corporal.
Não hesita em dar passes em janelas pequenas. Isso pode se tornar um problema na liga, tendo em vista que as janelas de passes na NFL são muito menores do que no college.
Pode segurar muito a bola em situações em que tem um recebedor aberto em curta distância, mas prefere segurar a bola para lançar em profundidade.
O ponto que vou trazer agora é algo que me preocupa mas para alguns pode ser normal, a confiança de Cam Ward. Calma, não estou falando da confiança em campo, e sim fora dele. O QB não parece ter filtros em entrevistas e fala o que quer independente da situação. O caso da fala dele a respeito do DRAFT por exemplo: “Se vocês não me escolherem no DRAFT , a culpa é de vocês. Vocês têm que lembrar que são a mesma equipe que vai ter que me enfrentar pelo resto da minha carreira, e eu vou me lembrar disso.” Isso gera uma pressão para Ward jogar bem logo de cara, pressão essa que pode se tornar um peso muito grande para o calouro caso não tenha bons resultados.
Cam Ward mostra que existe sim muito talento em seu jogo, sendo o QB com maior potencial neste DRAFT. Em um mundo perfeito, a franquia que lhe escolher terá um franchise QB habilidoso e com muita personalidade em um futuro próximo.